Atividade Física e Osteoporose
A Osteoporose é caracterizada pela reduzida densidade e qualidade óssea. É uma doença silenciosa e que na maioria das vezes só é descoberta na primeira fratura.
Atividade Física ajuda a prevenir a doença na medida em que torna os ossos mais densos , mais fortes e fortalecendo as articulações envolvidas através de exercícios de baixo impacto e na maioria das vezes com o peso do corpo , isto numa fase inicial.
Estima-se que a pratica de exercícios nas crianças e consequente aumento de 10% de massa óssea ajuda a reduzir em 50% o risco de Osteoporose na fase adulta.
Existem alguns fatores de risco que temos de ter em conta e que não podemos mudar como a Idade, Historial Familiar, Menopausa , no caso de ser Mulher ou Homem com baixo nível de testosterona, mas sedentarismo , défice de Cálcio e Vitamina D podem ser modificados, assim como o reduzir maus hábitos para a saúde como fumar e beber bebidas alcoólicas em excesso .

Reorganizar a alimentação e começar a praticar algum desporto ou realizar exercício físico é a chave para combater esta doença cada vez mais presente em Portugal. Algumas patologias como a Artrite Reumatoide podem ser desaceleradas pela pratica de atividade física.
Quando faço um plano de treino para alguém com Osteoporose tenho de ter em conta que a pessoa deve realizar exercícios com o peso do corpo numa fase inicial pois ajuda na construção de massa óssea e na sua manutenção. Os ossos estão em constante processo de renovação e possuem células encarregadas por reabsorver as partes envelhecidas (os osteoclastos) e outras cuja função é produzir ossos novos (os osteoblastos). Esse processo é permanente e constante, o que possibilita a reconstituição do osso.
Porém, com o tempo, acontece um desequilíbrio entre formação e reabsorção óssea, ou seja, a absorção das células velhas aumenta ao passo que a formação de novas células diminui, o que resulta na desmineralização, tornando os ossos mais porosos e frágeis, aumentando, assim, o risco de fraturas.
Numa fase mais precoce , a doença têm o nome de Osteopenia .Nos estágios iniciais não existem sintomas. Com o avanço da doença, os sintomas mais comuns são as fraturas das vértebras por compressão ou quedas, provocando dor e sensibilidade óssea, diminuição da estatura e aumento da cifose dorsal.
É comum também fraturas do colo do fêmur, punho (ossos do rádio) e costelas. A dor está diretamente associada ao local em que ocorreu o desgaste ósseo ou a fratura. É definida quando existe a perda de 25% de massa óssea na fase adulta.